Movimento de interiorização dos shoppings fomenta as economias municipais do país
A retomada gradativa da economia no país, após anos seguidos de recessão e crise, pode ser vista e sentida nos bons números que os shoppings apresentaram no fim do ano passado. Maior reduto de convivência, lazer e compras do Brasil, os centros comerciais podem representar, até mesmo, um microcosmo do cenário brasileiro, com um início de reaquecimento econômico.
Os shoppings continuaram a apresentar balanços positivos em 2018, com faturamento de 6,5% acima de 2017. Mais do que isso, já vislumbram tendências otimistas para 2019, com expectativa de crescimento ainda maior.
E um dos movimentos mais importantes para a retomada do setor é a interiorização da atividade. De acordo com dados da Associação Brasileira de Shopping Centers (Abrasce), hoje, 55% dos empreendimentos já estão fora das capitais. A tendência aponta para o incremento deste movimento. Afinal, a expectativa é que dez dos 15 novos shoppings previstos para serem inaugurados este ano estejam fora das capitais, onde há menos concorrência e a construção é mais barata. Sem contar que são áreas ainda carentes de espaços de lazer, convívio e compras.
Esse movimento é um alento para o interior, já que menos de 5% dos municípios do país têm centros comerciais. Como representante da região sul-fluminense do Rio de Janeiro, vejo com bons olhos essa interiorização do setor. A nossa região é forte economicamente e tem potencial para receber novos shoppings. Há uma demanda importante a ser suprida na região, que possui grande população economicamente ativa, mão de obra qualificada para a construção dos shoppings e espaços ainda disponíveis para compra a preços mais baratos do que nas capitais.
O mesmo se aplica a outras regiões importantes para movimentar a economia do estado do Rio de Janeiro, como Baixada, Costa Verde, Região Serrana, além de Norte e Noroeste fluminense.
Outro fator fundamental para que essa interiorização tenha meu apoio como deputado estadual é a geração de empregos diretos e indiretos. Só em 2018, mais de um milhão de pessoas estavam empregadas em centros comerciais. Com a estimativa de inauguração de outros shoppings este ano, são milhares de novas oportunidades para a população.
O Rio já caminha firme para sair da maior crise econômica de sua história. E esse movimento de interiorização do setor de shoppings pode ser um fomento importante para aquecer as economias municipais, gerando receitas com impostos e emprego para a população.