JUL/AGO 2023 - Edição 248 Ano 36 - VER EDIÇÃO COMPLETA

Programa Constelar entrevista Alexandre Balugoli, gerente geral do Shopping Jardim Oriente

7 de agosto de 2023 | por Bruna Minelvino / Fotos: Divulgação
Revista Shopping Centers: O que te motivou a participar do Programa de Relacionamento Constelar?

Alexandre Balugoli: A constante atualização no mercado de shopping center e varejo é um desafio. Precisamos estar antenados, engajados e com acesso aos principais insights e tendências, garantindo assertividade de projetos, tanto na fase de idealização e desenvolvimento quanto nas ações voltadas ao comportamento do consumidor de shopping center. O que o Programa de Relacionamento Constelar oferece é justamente o caminho para tudo isso, ofertando dados de atualização rápida, conteúdo de projeção internacional em curto espaço de tempo, treinamentos e network.

RSC: Como o programa Constelar tem contribuído para o empreendimento?

AB: Ser participante do Programa Constelar trouxe inúmeros benefícios para mim, como profissional atuante do segmento de shopping center, e para o empreendimento no qual atuo, o Shopping Jardim Oriente, em São José dos Campos.

Além de acesso a conteúdo exclusivo do setor que agrega muito para o desenvolvimento do nosso trabalho e network, os descontos oferecidos para cursos e treinamentos engajam a participar e facilitam que consigamos incluir outros membros do time de gestores para desenvolvimento profissional.

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RSC: Gostaria que me contasse um pouco sobre sua trajetória no segmento de shopping centers?

AB: Sou formado em Engenharia Civil pela Universidade de Franca, pós-graduado em Engenharia de Segurança do Trabalho e atualmente estou cursando Gestão Empresarial pela FGV. Possuo experiência na área Administrativa, Operacional e de Construção Civil, com mais de 20 anos de vivência no segmento de shopping center. Atuo desde 2018 como gerente geral do Shopping Jardim Oriente, administrado pelo Grupo AD. Em minha trajetória, passei por mais de 10 shopping centers de vários estados do país, administrados por bandeiras relevantes no mercado. Além do Grupo AD, também atuei nas administradoras Ancar Ivanhoe e Sonae Sierra Brasil.


RSC: Como avalia o primeiro semestre do ano e qual é a expectativa até o final do ano e para 2024?

AB: Encerramos o primeiro semestre com ótima performance em vendas e fluxo, atendendo todas as projeções e expectativas. Temos um shopping sem vacância apesar de muito novo, com apenas seis anos desde a inauguração do primeiro corredor até a fase final de entrega ao público, que ocorreu em 2021.

O público e o mercado abraçaram nosso projeto e nos ajudam diariamente a construir uma história de sucesso em São José dos Campos. Estamos bastante otimistas para um segundo semestre ainda mais aquecido no varejo e no mercado no geral, e já estamos com projeções otimistas também para 2024, com o início da formatação de um complexo multiuso que complemente tudo que realizamos até agora.

RSC: O que tem feito para estar alinhado aos constantes desafios e mudanças de um setor dinâmico, com consumidores que não abrem mão de um atendimento presencial de excelência?

AB: Garantir um ambiente acolhedor, agradável, que gere a sensação de pertencimento coletivo é nosso principal objetivo. Por isso, investir em experiência é sempre o melhor caminho para fidelização e construção do relacionamento com os clientes e comunidade. Buscamos criar conexões profundas e de engajamento com o público, trabalhamos fortemente com um calendário que vá além do tradicional de varejo, trabalhamos fortemente a escuta com nossos clientes e lojistas para tomada de decisões, atendendo aos desejos comum dos empreendedores e da administradora Grupo AD.

RSC: Quais foram os principais avanços que a companhia realizou de forma acelerada em decorrência da pandemia e que beneficiaram os negócios?

AB: A pandemia tirou nosso setor de sua zona de conforto, shopping e lojista. Tivemos rapidamente que aderir de forma efetiva a novos meios para vendas, como mídias digitais e marketplace. A estrutura do ambiente que oferecemos ao público também teve que sofrer adequações rápidas, e tudo isso chegou para ficar no pós-pandemia. Eu vejo que todos os desafios fortaleceram ainda mais a relação das administrações dos shopping centers com os lojistas. Quem ganha é o consumidor, que está mais exigente, com comportamento ainda mais social, que busca ao sair de casa mais que uma compra, busca experiência e identificação com a marca e seu espaço físico.

RSC: Dentre todas as evoluções que o setor já passou ao longo do tempo o que mais você destacaria?

AB: Costumo classificar shopping center como um organismo vivo e modificante.

Na minha visão uma das principais modificações aconteceram com nossos clientes, pois estão a cada dia mais exigentes e criteriosos em suas compras. Neste caso o encantamento acaba sendo um dos fatores principais se não o maior para garantir, além da venda, o retorno destes clientes ao shopping.

Antigamente este mesmo cliente vinha ao centro para pesquisar produto, pesquisar preços e daí comprar. Hoje eles já fazem toda pesquisa pela Internet e já chegam com o produto, com o preço e com a loja já definidos.. tá aí o papel do lojista em não apenas fazer a venda e sim ganhar um cliente.

RSC: Quais foram os últimos investimentos feitos no empreendimento?

AB: O Shopping Jardim Oriente é o mais novo empreendimento do Vale do Paraíba. Com apenas seis anos, já apresenta resultados relevantes e de destaque no varejo regional. Um dos investimentos relevantes que proporcionou visibilidade nacional ao empreendimento foi o pioneirismo na criação da Sala do Afeto, uma calm zone, que atua na inclusão de pessoas com transtorno do espectro autista (TEA), um ambiente aconchegante e tranquilo para os autistas relaxarem com seus pais ou responsáveis no momento de agitação e ansiedade, por estarem fora do seu ambiente de conforto, durante visita ao shopping. Com este projeto, conquistamos ouro no Prêmio Abrasce de 2022 e tivemos a grata surpresa de dividir o projeto com outras dezenas de shopping centers do país e prefeituras.

RSC: Quantos empregos são gerados pela companhia?

AB: Geramos, em média, 2.300 empregos diretos e indiretos.

RSC: O que diria ao profissional que está chegando ao setor de shopping center?

AB: Os shopping centers já não são mais apenas locais de compras, eles se tornaram centros de convivência social extremamente necessários para a sociedade, principalmente nos últimos anos. Ao escolher seguir por este caminho, saiba que atuará em uma área extremamente ativa, dinâmica e ao mesmo tempo apaixonante. Nos meus 20 anos de carreira, presenciei e acompanhei centenas de histórias de sucesso e crescimento. O mais importante é estar atualizado às mudanças constantes do segmento, gostar de pessoas e entender a força que o shopping possui economicamente e socialmente.

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