Espaço Colletivo + Casa Manual apresenta experiências e produtos artesanais diferentes a cada semana no MorumbiShopping

Com quatro meses de existência, o Espaço Colletivo + Casa Manual, do MorumbiShopping, é a primeira loja de experiência de artesanato contemporâneo do Brasil. Aos poucos, o local foi sendo descoberto pelo público e, hoje, cerca de 3 mil pessoas circulam diariamente por ele.
Com investimento de R$ 5 milhões, esse espaço de convivência de 1.800 m2 é mantido pelo empreendimento e gerenciado pela Casa Manual. A ideia surgiu após as três edições do Mercado Manual, com curadoria das Floristas, e se tornou viável quando surgiu uma grande área no mall, com a realocação da operação da Livraria Saraiva.
Segundo Doris Weinberg, diretora da Multiplan Regional São Paulo, o objetivo foi oferecer conforto e experiência aos clientes e também dar aos artesãos e pequenos empreendedores a oportunidade de usufruir de um local criativo e no contexto de suas histórias para oferecer produtos em perfeita harmonia com os grandes players do varejo.
Desde a inauguração, 100 expositores já tiveram a oportunidade de apresentar e vender seus trabalhos. E a cada dia o visitante encontra novidades. “Para ser um expositor da Casa Manual, o artesão precisa cadastrar seu projeto pelo site. Todas as propostas são analisadas pelos curadores da Manual, respeitando os critérios: originalidade, estética, autoria, produção em pequena escala e ética em toda a sua cadeia (remuneração da equipe + meio ambiente)”, explica Karine Rossi, fundadora da Casa Manual.
“Os grandes centros urbanos passam por transformações pela necessidade das pessoas de terem maior contato com a rua, com a natureza, com a liberdade do ir e vir e com espaços mais fluidos que permitam apenas ficar”, Doris Weinberg.
“A princípio, o público começou a entrar de forma tímida, sem ter certeza se podia se sentar às mesas para trabalhar, se recostar nas almofadas do palco, deixar as crianças livres para correrem e subirem no grande brinquedo e se encantar com os produtos expostos. Hoje, já podemos considerá-lo um espaço referência, com frequentadores cativos que crescem a cada dia”, conta Doris.
Além dos produtos artesanais, a Casa Manual oferece oficinas gratuitas sobre manualidades, shows autorais, performances infantis, espaço de brincar Erê Lab – um projeto inovador que atrai centenas de crianças diariamente – e mesas de coworking. Nos primeiros 90 dias, já ofereceu 49 oficinas, 33 shows, quatro talks sobre assuntos ligados a sustentabilidade e cinco ativações circenses. Todas as oficinas atingiram o máximo de participantes.












Arquitetura
Criado coletivamente e reunindo ideias de todas as partes, o projeto arquitetônico é de Fabio Galeazzo, também pesquisador de interface de pessoa/ambiente. O profissional buscou trazer para dentro do MorumbiShopping a cultura da rua, da vida ao ar livre e do convívio de praças e feiras, agregando arte e cenografia. “É um espaço provocador, onde cada um está livre para fazer descobertas e, a partir delas, criar seus próprios limites dentro do local”, fala o designer.
Em conjunto com o arquiteto André Nuccie e a surface designer Dani Gautio, conseguiu criar essa conexão entre a cultura de rua e a valorização do produto artesanal contemporâneo, montando um espaço onde a equipe da Manual pudesse propor novas experiências, convivências e trocas de informação norteadas pela cultura do feito à mão.
“O melhor termômetro é quando o público adota o espaço como parte do seu estilo de vida, tornando-se uma extensão de si mesmo, da sua casa e, por que não dizer, da sua família”, Fabio Galeazzo.

Galeazzo se inspirou na dança indígena para desenhar o grande expositor, localizado ao centro. A peça, construída em compensado e suportada por mais de 700 pés de bambu, é coroada por dez pétalas gigantescas sobrepostas entre si. “Tudo parte desta grande espiral no centro do espaço, que concentra a venda dos produtos da Casa Manual. Os demais espaços acontecem no entorno da espiral, com movimentos orgânicos que levam nossa memória afetiva junto à natureza”, diz Galeazzo. Há uma grande variedade de itens à venda, como roupas, acessórios, brinquedos, cosméticos, artigos para a casa, entre outros.
Ao redor, as áreas foram batizadas de ocas: do fazer (espaço para oficinas), do nutrir (restaurante e empório), do cantar (palco e arquibancada), do descansar e do trabalhar (lounge com mesas e mobiliário diversos) e do brincar (área infantil desenvolvida em parceria com o Êre Lab). O local pode ser acessado pela rua e pelo mall, sendo também interligado à loja da Cacau Show, ampliando a experiência do visitante. “Esse acesso possibilita ao cliente que circula pela Cacau Show encontrar uma nova possibilidade a ser explorada, atravessando aquele portal”, relembra Doris.