Com mais de 57 milhões de empresas cadastradas, a rede corporativa tem ferramentas próprias para fortalecer o marketing da sua marca e colocá-la em evidência para um público qualificado
Se antes o LinkedIn era uma rede com foco apenas no anúncio de oportunidades de emprego e de recrutamento de pessoas, hoje a plataforma é essencial para marcas e empresas trabalharem branding e marketing. A exemplo de muitas startups, a plataforma nasceu em 2002, durante uma reunião na sala de estar do co-fundador Reid Hoffman, mas foi só em maio do ano seguinte que de fato foi lançada. Após quase 20 anos do início, a rede contabiliza mais de 774 milhões de usuários em cerca de 200 países e territórios ao redor do mundo. Esse tempo de amadurecimento foi fundamental não apenas para o crescimento em números, mas para que a missão da empresa se tornasse realidade: conectar profissionais ao redor do mundo e torná-los mais bem sucedidos e produtivos.
Soma-se neste ponto, a relevância desta rede estritamente profissional para as companhias que desejam fortalecer seu pilar de marketing, não apenas com o branding, mas também a conexão e captação de leads muito qualificados. Esses propósitos foram potencializados após aquisição da plataforma pela Microsoft, em 2016, por 26 bilhões de dólares. Agora sob o comando de Ryan Roslansky, a rede tem hoje um negócio diversificado com receitas provenientes de assinaturas, vendas de publicidade (é possível promover posts a exemplo de outras plataformas) e soluções de recrutamento. A projeção de faturamento para este anos apenas com ads é de 1,77 bilhões de dólares.
É por isso que a especialista na plataforma Flávia Gamonar é taxativa: “as empresas precisam estar no Linkedln. Esta é uma rede muito potente, aquecida e com leads mais qualificados que em outras plataformas”. No Brasil, são mais de 51 milhões de profissionais cadastrados e no mundo todo mais de 57 milhões de empresas com a LinkedIn Page (o formato exclusivo para as companhias). “É importante para o branding, para as relações institucionais, para a atração de talentos, de negócios e de parcerias. A rede funciona bem tanto para B2C quanto para B2B”, explica.
Boas práticas
Para que a empresa ganhe mais relevância, além da produção de conteúdo próprio, usando as ferramentas do marketing de conteúdo, os colaboradores devem ter perfis conectados à página oficial. “O trabalho individual é essencial porque as pessoas querem se conectar e identificar com outras pessoas. Por isso, inclusive, tem crescido a demanda de empresas por treinamentos sobre employee advocacy, porque elas entenderam que dentro de casa possuem influenciadores especialistas no que fazem, que podem, de alguma forma, usar seu próprio perfil para também compartilhar iniciativas da empresa e sua própria visão de dia a dia. Isso leva a um marketing exponencial e distribuído, porque mais pessoas estão falando da empresa. Pode ajudar a compartilhar mais sobre a cultura, a atrair talentos, trabalhar a marca e gerar mais negócios”, fala Flávia, que foi uma das especialistas brasileiras convidadas como autora e instrutora oficial do LinkedIn Learning, o centro de treinamento de profissionais que utilizam a versão paga, e de boas práticas da rede.
A profissional também reforça que a produção de conteúdo deve ser pensada e planejada para a rede, assim o algoritmo fará a melhor leitura, fazendo a distribuição para mais usuários. “O conteúdo gerado deve fortalecer ainda mais a mensagem e quebrar objeções. Os filtros da plataforma podem ajudar a encontrar exatamente o potencial lead e a abordagem personalizada e contextualizada ajudará a ganhar atenção e fechar mais negócios, além das possibilidades de segmentação em conteúdo patrocinado para levar sua mensagem ou oferta para o público certo. As pessoas fazem muito mais negócios com quem conhecem, gostam e confiam”, afirma. Para ela é importante pensar nas mensagens para fora, mas também no endomarketing, colocando o colaborador em destaque e abastecendo-o com conteúdo para que ele também publique em sua página. “Pode-se apostar em posts, artigos, vídeos, documentos e links, selecionando temas estratégicos e interessantes”, explica Flávia.
5 passos práticos para sua empresa crescer no LinkedIn
1) Faça sua LinkedIn Page. Ela precisa estar completa e bem configurada, incluindo criação de conteúdo focado na área e no público
2) Incentive os colaboradores a ter perfis e a se vincularem à página da empresa (deve ser feito no campo experiência profissional)
3) Preencha bem as informações, esteja presente e cuide da interação com público
4) Amplie seu networking. Faça marcações, convide profissionais para sua página e dê voz aos especialistas da sua empresa
5) Crie e compartilhe conteúdo interessante, de qualidade e autoral.
Dica de leitura
Co-fundador do LinkedIn, Reid Hoffman também é co-autor do livro Blizscaling: O Caminho Vertiginoso Para Construir Negócios Extremamente Valiosos. Junto com Chris Yeh, ele usa sua expertise no LinkedIn na criação de técnicas para escalar negócios, atrair empreendedores e investidores e para construir planos reais de mudança.