NOV/DEZ 2020 - Edição 232 Ano 33 - VER EDIÇÃO COMPLETA

Divino Fogão: novos projetos e apoio ao franqueado para superar a crise

10 de dezembro de 2020 | por Mariana Alves | Fotos: Divulgação/Divino Fogão
Além de novas inaugurações, rede aposta no novo modelo de dark kitchen para alavancar os negócios em 2021

O Divino Fogão foi criado em 1984 por Reinaldo Varela, presidente da rede, e a primeira unidade inaugurada em shopping center ocorreu em 1992. Dois anos mais tarde, iniciou o sistema de franchising. Atualmente, conta com 173 restaurantes em 24 estados mais o Distrito Federal, todos localizados em shoppings. No ano passado, recebeu o prêmio de Franqueador do Ano pela ABF (Associação Brasileira de Franchising).  

Apesar de um ano difícil para todo o setor, o Divino Fogão conseguiu apoiar seus franqueados durante todo esse período, inaugurar e reabrir novas operações, além de formular um novo projeto – a aposta da rede para o próximo ano. Confira! 

Reinaldo Varela Divino Fogão - Revista Shopping Centers
Reinaldo Varela, fundador e presidente do Divino Fogão  

Apoio aos franqueados 

Assim como todos os negócios pelo mundo, o Divino Fogão também sentiu fortemente os impactos da crise causada pela Covid-19. Com a reabertura dos shoppings, a rede passou a priorizar as normas de higienização para atender os clientes com o máximo de segurança. “Articulamos muitas negociações para auxiliar nossos franqueados da melhor forma neste momento. Como o projeto de delivery já estava formatado, mas algumas unidades ainda não haviam implantado, esta foi uma alternativa para minimizar os impactos. Em todo o momento, também repassamos as orientações e intensificamos os treinamentos.”

Para Varela, a proximidade com os franqueados foi essencial para passar pelo pico da crise causada pela Covid-19. Para apoiar os restaurantes e garantir o bem-estar dos clientes, lançou a campanha ‘É seguro comer no Divino Fogão’. “A iniciativa contou com as orientações do microbiologista Dr. Eneo Alves, com foco no atendimento, reforço na higienização, distanciamento seguro entre as mesas e disponibilização de álcool em gel para utilização dos consumidores.” 

Divino Fogão Nova América - Revista Shopping Centers
O Divino Fogão inaugurou sua primeira loja em shopping center no ano de 1992

A rede também isentou o pagamento de royalties e fundo de propaganda a partir de março deste ano. “A cobrança de fevereiro foi suspensa, mesmo as lojas trabalhando o mês fechado, pois o vencimento para pagamento seria em março de 2020. Além disso, a cobrança de royalties dos dias trabalhados de março também foi suspensa. Dessa forma, nada foi cobrado dos franqueados, enquanto os restaurantes permaneciam fechados.”

Adaptações regionais  

Além disso, outra adaptação que logo entrou em operação nos restaurantes Divino Fogão foi a forma de o cliente se servir. Já que antes da pandemia, o próprio consumidor pegava sua comida diretamente do buffet. Mas, como nova medida de segurança, os clientes são servidos por atendentes devidamente paramentados com touca, luvas descartáveis e máscara. “Verificamos que, além de ser totalmente viável, torna-se mais seguro para os clientes que não precisam pegar nos utensílios de cada opção para se servir. Para reforçar todas as medidas tomadas pela rede, cada unidade conta com uma comunicação visual diferenciada, explorando os cuidados e as orientações”.

Em algumas cidades, porém, como Campo Grande (MS) e Florianópolis (SC), alguns franqueados reportaram que os clientes preferiam a forma como era feito anteriormente. Portanto, para atender aos consumidores de forma segura e também aos decretos do Poder Público e aos protocolos estabelecidos, uma nova alternativa foi criada. “O cliente chega de máscara, higieniza as mãos com álcool em gel e ganha uma luva descartável para colocar nas mãos. Se serve normalmente por todo buffet e pode descartar a luva posteriormente. Isso mostra que a rede está preparada para perfis diferenciados de público, com o mesmo cuidado, seguindo orientações da OMS e autoridades de saúde locais”, ressalta Varela.

Medidas contra covid-19 Divino Fogão - Revista Shopping Centers
A rede investiu em comunicação visual para informar sobre as medidas de segurança adotadas, além de designar um funcionário para servir os clientes

Retomada

Durante o período em que os shoppings permaneceram fechados, o Divino Fogão continuou atendendo seus clientes por meio de delivery, em parceria com o iFood. “Durante a pandemia, com alguns restaurantes da rede em atividade, a marca registrou uma queda de 78% nas vendas, em relação ao mesmo período de 2019. Com o passar das semanas, o movimento foi aumentando de forma gradativa nas lojas que voltaram a operar, na medida em que o consumidor se sentia mais seguro para sair de casa e retomar a rotina aos poucos. Em termos de faturamento, com relação ao ano passado, já retomamos 65%”, relata.

Mesmo com a pandemia, o Divino Fogão inaugurou novas unidades e também reabriu algumas operações que passaram por reformulação de layout. Esses investimentos devem seguir em 2021, com a previsão de pelo menos seis novas unidades. “Porém, com a pandemia neste ano, em vez de investir em espaços novos, a marca está em busca de restaurantes em locais estratégicos que já operem com suas próprias marcas, mas que possam aproveitar o tempo ocioso da cozinha para produzir pratos do Divino Fogão, processo conhecido como dark kitchen”, explica o presidente. 

Novas unidades Divino Fogão - Revista Shopping Centers
Para 2021, serão inauguradas, pelo menos, seis novas unidades 

Novos Projetos 

O novo projeto relatado por Varela está disponível desde outubro para empresas com experiência em alimentação que podem utilizar seus espaços para incrementar seus negócios. “Para receber a licença do Divino Fogão, as cozinhas deverão atender ao padrão de qualidade da rede, além de terem disponibilidade de dedicação ao negócio. Como o modelo prevê a utilização da área existente, o investimento por parte do parceiro será de aproximadamente R$ 8 mil com insumos e embalagens personalizadas do Divino Fogão”, detalha. 

O projeto foi desenvolvido em parceria com Guersola Consultoria, hub de negócios junto ao mercado. O foco são empresas com experiência em alimentação, por exemplo, lanchonetes, hotéis, buffets e restaurantes. 

Varela explica que essa é uma oportunidade para que o proprietário do estabelecimento ganhe mais com a estrutura já existente, além de ter a chancela da marca. Como o projeto ainda é muito recente, não há nenhuma unidade, mas ele garante que as negociações estão avançadas. “A expectativa é chegar a 600 cozinhas parceiras até o final de 2021. Caberá à rede oferecer capacitação em gestão e custos, treinamento sobre a elaboração dos pratos disponíveis neste modelo, negociação junto aos fornecedores para que os parceiros comprem os insumos com preços diferenciados e tenham uma taxa diferenciada do iFood, exclusivamente para o modelo dark kitchen”.

Investimentos Franquia - Revista Shopping Centers
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